sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Atingidos pela Usina do Baixo Iguaçu protestam em frente à sede da Copel em Curitiba

Grupo de 200 pessoas iniciou protesto por volta das 8h desta quarta (20).

Eles exigem revisão das indenizações e definição sobre reassentamentos.

Representantes dos cerca de 200 manifestantes que protestam desde o início da manhã desta quarta-feira (20) em frente à sede da Companhia Paranaense de Energia (Copel) em Curitiba (PR) foram recebidos pela direção da companhia por volta das 11h30. O grupo formado por agricultores de cinco municípios do sudoeste do estado atingidos pela construção da Usina do Baixo Iguaçu exige que a estatal e o governo do estado revisem os valores das indenizações e solucionem as questões envolvendo o reassentamento das famílias que terão de deixar a área onde será o reservatório da hidrelétrica.
Além do preço oferecido pelas terras, que segundo os agricultores é um terço do valor que deveriam receber, outro problema está no número de propriedades atingidas. Enquanto o consórcio aponta cerca de 360 famílias, os manifestantes defendem que o número se aproxima de mil. Além das questões envolvendo a Usina do Baixo Iguaçu, o movimento reivindica a negociação prévia com os atingidos antes do início de construção de qualquer barragem no estado, a criação de programas de revitalização de reassentamentos e a redução das tarifas de energia elétrica.

O consórcio Geração Céu Azul - vencedor da licitação para a construção da hidrelétrica e exploração da energia que será produzida - é formado pela Neoenergia, que tem 70% de participação, e pela Copel (30%). Vizinha ao Parque Nacional do Iguaçu, Baixo Iguaçu será a sexta usina no leito do Rio Iguaçu, o principal do estado, e terá capacidade instalada de 350 megawatts (MW), suficiente para atender a demanda de um milhão de usuários. A estimativa é que entre em operação em 2016.
A construção que teve início em julho atingirão os municípios de CapanemaCapitão Leônidas MarquesRealezaPlanalto e Nova Prata do Iguaçu. Desde então, um grupo mantém acampamento em frente à entrada de um dos canteiros de obras. Manifestantes já tentaram por várias vezes impedir a continuidade das obras, mas tiveram de desocupar os canteiros por determinação da Justiça.
A assessoria da Copel informou que repassará as reinvindicações apresentadas pelo grupo para a sócia majoritária. Em nota, o Consórcio Geração Céu Azul informou que sempre se manteve aberto ao diálogo e que vem atendendo as solicitações dos agricultores atingidos pela construção da usina, principalmente quanto ao pedido de reavaliação do número de famílias que deverão indenizadas e reassentadas.
Leia a íntegra da nota publicada pelo Consórcio Geração Céu Azul:
O Consórcio Geração Céu Azul, responsável pela construção e futura operação da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, reitera que sempre se manteve aberto ao diálogo com os proprietários de áreas que serão utilizadas pelo empreendimento e que vem promovendo diversas reuniões com representantes destes e autoridades dos 5 municípios beneficiados pela usina e sindicatos rurais.

O consórcio vem atendendo várias solicitações dos proprietários, inclusive de realizar um novo estudo com a finalidade de reavaliar o número de famílias que devem ser indenizadas e reassentadas. As negociações com os proprietários continuam abertas

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Fabiula Wurmeister Do G1 PR, em Foz do Iguaçu

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