O início do suprimento dos contratos de comercialização de energia da
hidrelétrica Baixo Iguaçu foi alterado de 1º de janeiro deste ano para 1º de
setembro de 2016. A decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica em
solicitação feita pela Geração Céu Azul S.A. foi motivada pelo atraso de 43
meses na assinatura do contrato de concessão da usina.
A emissão da outorga foi postergada por ação judicial que proibia o
licenciamento ambiental do empreendimento.
A alteração da data de suprimento desloca o término dos contratos de dezembro
de 2042 para agosto de 2046 e mantém o prazo de 30 anos. Localizada no Rio
Iguaçu, a futura hidrelétrica teve sua concessão leiloada em setembro de 2008.
Arrematada pelo Grupo Neoenergia, a Baixo Iguaçu terá capacidade instalada de
350 MW.
Nos próximos dias o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), deverá visitar
Capanema para anunciar que o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) autorizou a
emissão da licença de construção da obra.Quatro anos para reverter decisões do MPF
O grupo carioca Neoenergia e o Ministério das Minas e Energias travaram uma
intensa batalha desde 2008 para superar todas as pendências ambientais do
projeto e os questionamentos jurídicos do Ministério Público Federal nas
instâncias regional (em Francisco Beltrão), em Porto Alegre (Tribunal Regional
Federal da 4ª Região) e em Brasília.
O Governo do Paraná, por meio da Copel, que perdeu a concorrência para a
Neoenergia, demonstrou interesse em se associar ao grupo de investimento do Rio
de Janeiro para construir este empreendimento hidrelétrico, o último de
exploração no Rio Iguaçu.A Copel detém as concessões das usinas Salto Caxias, Segredo e Foz do Areia, todas no Rio Iguaçu, e mantém em sociedade com outras empresas pelo menos três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) que vendem a energia para a própria Copel.
Canal Energia e JdeB
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