quarta-feira, 19 de junho de 2013

Mobilização dos atingidos

A Associação dos Atingidos da Hidrelétrica do Baixo Iguaçu (Adahbi) está anunciando para hoje, às 13 horas no CTG de Capitão Leônidas Marques, mais uma mobilização em favor das suas reinvindicações.
A questão central é a indenização que terá que ser paga pela empresa Neoenergia às famílias que terão suas terras alagadas.
“Depois do acordo que teve na Assembleia, com a comissão formada por deputados, a empresa entrou na justiça, em Capitão Leônidas Marques, querendo rever alguns pontos”, comentou Idacir Pitt, em contato ontem com o Jornal de Beltrão.
Ao todo, serão 359 famílias atingidas pela usina. Destas, a maioria é de Capitão Leônidas Marques (189). Em Capanema, serão 92 famílias; em Realeza, 56; em Planalto, 14 e em Nova Prata do Iguaçu, 8. Deputados da região foram convidados para o ato. “Acreditamos que eles comparecerão”, disse Idacir.
A decisão de formar um grupo parlamentar para fiscalizar o processo em andamento foi tomada após reunião entre os membros da Associação e representantes do grupo Neoenergia, Geração Cerro Azul, em maio.
A Hidrelétrica do Baixo Iguaçu terá capacidade instalada de 361 megawatts, suficiente para abastecer uma cidade com mais de um milhão de habitantes. O custo da obra está estimado em R$ 1,5 bilhão. A previsão é de que as obras sejam concluídas em até quatro anos, dando ocupação, em seu auge, a cerca de 3,5 mil trabalhadores.
Para os moradores, a indenização deve ser levada em consideração não somente sobre o valor real da propriedade (terra e benfeitorias), mas também as questões sociais relacionadas aos transtornos, devendo haver compensação por tudo isso.

Histórico
A previsão inicial do Governo Federal era que a Usina Baixo Iguaçu começasse a ser construída ainda em setembro de 2008 e estivesse funcionando em 2012. Mas, de lá para cá, aconteceram vários problemas. A empresa Neoenergia, que venceu o leilão para concessão da usina, já teve seu projeto aprovado. Dentro de poucos meses o Governo do Estado, em uma parceria com a Copel, deve liberar a licença ambiental de instalação, para que a obra possa ser iniciada.
A  comercialização da energia desta usina deve começar apenas em 2016. A Usina Baixo Iguaçu — que leva esse nome por estar localizada na região do Rio Baixo Iguaçu — será construída e operada no conceito de fio d´água, sem reservatório, utilizando a vazão natural do rio. Será a usina com menor impacto ambiental entre todas as que estão na região do Rio Iguaçu.
Capanema e Capitão Leônidas Marques serão os municípios que terão maior benefício com a construção da hidrelétrica. Os capanemenses ainda levam a vantagem de ter em seu território a área para a construção da casa de máquinas da usina, o que vai gerar uma grande receita em ICMS.

Assembleia
A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou em maio, com 42 votos favoráveis, o projeto do Executivo que prevê a instalação dssa usina. O governador Beto Richa (PSDB) sancionou. “É uma região de fronteira que sofre, ligada ao Parque Iguaçu, sem atividade comercial e que terá agora um instrumento a mais na área de turismo porque a usina será aberta a visitação”, disse o deputado Ademar Traiano (PSDB) na ocasião.

A Copel terá participação em torno de 30% do empreendimento numa parceria com o grupo Neoenergia.
jornaldebeltrao.com.br

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