Baixo Iguaçu é mais um caso exemplar do
casamento entre o capital transnacional e o estado brasileiro,
responsável por um passivo de aproximadamente 700 mil atingidos que não
receberam nenhum tipo de indenização.
Para o membro da coordenação nacional do
MAB, Robson Formica, Baixo Iguaçu “está na iminência de uma tragédia
social”, já que “é evidente e notório que a postura da empresa, a
postura dos negociadores da empresa, levará ao conjunto dessas mais de
500 famílias que serão atingidas a piorar sua condição econômica”.
A Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu,
localizada no sudoeste do Paraná, é controlada pelo Consórcio Geração
Céu Azul, formado pela Neoenergia (70%) e Copel (30%). A construção da
barragem, iniciada há cerca de três meses, não veio acompanhada da
garantia de direitos das populações atingidas.
Diversas famílias ficaram fora do
cadastramento, não houve um processo de consulta, as indenizações
oferecidas são muito inferiores ao preço de mercado e nenhum programa
previsto no Plano Básico Ambiental foi realizado. O caso mais grave é
das 11 famílias que permanecem no polígono da obra, vivendo em um
verdadeiro cárcere privado. Ao lado de suas casas acontece derrubada de
árvores, detonações e outros trabalhos nas 24 horas do dia.
Pelos direitos pelos atingidos por Baixo
Iguaçu e por todos atingidos do Brasil! Pela aprovação da Política
Nacional de Direitos das Populações Atingidas!
Fonte: racismoambiental.net.br
Fonte: racismoambiental.net.br
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