terça-feira, 17 de setembro de 2013

Agricultores deixam canteiro de obras da Usina do Baixo Iguaçu

Manifestantes deixaram o local nesta quarta-feira (11), após dois dias.

Eles exigiram uma reunião com representantes da empresa responsável.

Após dois dias de protesto, os agricultores dos municípios que terão áreas alagadas com a construção da Usina do Baixo Iguaçu deixaram o canteiro de obras nesta quarta-feira (11) depois de uma reunião com representantes do governo e da empresa responsável pela hidrelétrica. Os moradores querem tentar o reinício de novas negociações.
O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Tarcísio Mossato, também acompanhou a reunião e afirmou que o órgão só vai liberar a enchimento do lago da usina após a empresa cumprir todas as exigências. Até o começo da noite desta quarta-feira, os agricultores e representantes da empresa permaneciam no local para discutir as propostas. A reunião é realizada na igreja da comunidade mais próxima da usina.
O grupo de aproximadamente 300 pessoas estava no local desde segunda-feira (9). Entre as reivindicações, estão um novo termo de acordo e a revisão do caderno de preços para o pagamento de indenização das propriedades que serão atingidas. Sobre o cadastro de famílias, em Planalto, por exemplo, o registro oficial indica 11 propriedades que serão atingidas, mas segundo os moradores, no total são 27.
Moradores de Capanema, Capitão Leônidas Marques, Realeza, Planalto e Nova Prata do Iguaçu já realizaram vários protestos a fim de impedir que a construção continuasse. Eles alegam que a indenização oferecida pelos terrenos desapropriados é baixa. No dia 11 de julho, os agricultores chegaram a bloquear o acesso ao local, mas foram obrigados a sair no dia seguinte após uma ordem judicial. No dia 15 de julho, os manifestantes voltaram a protestar e a fechar a estrada.
A hidrelétrica é a sexta instalada ao longo do Rio Iguaçu, o principal do estado. Vizinha ao Parque Nacional do Iguaçu (PNI), a usina de Baixo Iguaçu está sendo construída entre Capanema e Capitão Leônidas Marques pela empresa Geração Céu Azul e terá capacidade instalada de 350 megawatts (MW) e potência assegurada de 172,8 MW. A concessão para construção e exploração da usina pertence à Neoenergia, que tem a Companhia Paranaense de Energia (Copel) como sócia.
Do G1 PR, com informações da RPCTV Foz do Iguaçu

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